Com a privatização dos CTT um novo ciclo na distribuição
postal se iniciou no nosso País; concorde-se, ou não, com a opção que o Governo
assumiu.
Ou seja, o Governo decidiu que o correio, as encomendas
postais, os vales postais, etc., passassem para a iniciativa privada,
determinando assim que os correios ou os CTT deixassem de personificar uma
entidade ou serviço publico.
E, sendo assim não concordámos desde a primeira hora com a
opção do Presidente Augusto Barros e restante Executivo da Junta de Freguesia
Urbana de S. João Baptista e Santa Maria dos Olivais de, no seu próprio
edifício, construído com dinheiros públicos e vocacionado, por inerência, ao
serviço da comunidade da freguesia, possibilitar que uma empresa privada nele
se instale e faça negócios privados a troco de uma “esmola” para a freguesia,
pois até o retorno económico para a Junta é efectivamente deficitário,
hipotecando assim a Junta outras prioridades na sua área de intervenção, e que
são muitas.
Estranheza esta que nos levou, PSD a votar contra tal opção
porque dificilmente compreendida pela população. Votar contra porque são os
funcionários da Junta que se vêm obrigados a trabalhar para terceiros (neste
caso privados) prejudicando o serviço público; trabalhadores da Junta que
manuseiam dinheiros privados sem condições de segurança (JÁ SE ESQUECEU O SR.
PRESIDENTE DO ASSALTO A UM FUNCIONÁRIO DOS CTT EM PLENA VIA PUBLICA), e se for
a um funcionário da Junta no futuro? E se, actualmente, o manuseio de dinheiros
públicos já é preocupante, o que será com dinheiros privados. É importante não
esquecer que os CTT, na actual versão de empresa privada, pagam vales de
correio; pensões de reforma e outras. Ou seja, temos a partir do momento em que
se inicia a actividade ao serviço dos CTT a responsabilização de funcionários
da Junta. E será que o executivo da Junta pensou em tal? NÃO. Tomou as
necessárias medidas de segurança? NÃO. Ou vai contratar uma empresa de
segurança privada para garantir a segurança de funcionários e de instalações?
NÃO Ponderou num contrato de seguro que proteja os funcionários? NÃO
Finalmente ponderou a Junta que com a sua decisão
impossibilitou/colaborou para que os CTT não abrissem, por iniciativa própria,
uma segunda estação de correios como já existiu em Tomar? E que foi encerrada
para diminuir custos dos próprios CTT em fase de privatização e tornando mais
agradável a compra/privatização dos CTT? E que em caso de eventual encerramento
de estações poderão estar em causa os próprios funcionários dos CTT? São estas,
entre outras, as nossas razões pelas quais assumimos estar a favor do
encerramento do Posto dos CTT. Posição que reiteramos com toda a convicção, no
pressuposto que não se podem defender opções que na sua génese se revelam
contrárias aos interesses da nossa freguesia e neste caso aos próprios
funcionários dos CTT, interesses que á Junta cumpre, por dever defender.
Tomar, 15 de Dezembro
de 2015