Numa semana, assinala-se entre nós duas datas fundamentais para a democracia e para a sociedade: o 25 de Abril, que abriu a porta às liberdades políticas, e o 1 de Maio, dia dedicado às lutas pela condição de quem trabalha.
Recordamos
aqueles que lutaram pelos nossos direitos, liberdades e garantias. Pessoas que
se bateram pela democracia, pelo fim da guerra, pela proteção do trabalhador e
pela liberdade de expressão.
Alguns
arriscaram a vida, tiveram que viver clandestinamente. Foram presos ou
exilados; outros comprometeram a profissão, a posição social e o conforto da
família.
Hoje,
fruto do trabalho sistemático de tantos portugueses, e de uma corajosa operação
de jovens militares, o País goza de liberdade e de estabilidade. Conquistou-se
a soberania popular, o poder local, a livre participação cívica e partidária, a
igualdade de género, o verdadeiro sindicalismo e um sem fim de outras
realidades que ainda conservamos.
Mas
a democracia conquistada não se pode restringir ao formalismo de atos
eleitorais regulares.
Abril
é também “Poder Local”. A descentralização de poderes foi uma das conquistas da
Revolução, com o objectivo de aproximar as pessoas dos centros de decisão. Por
isso, uma autarquia não se pode demitir de uma política ativa de aproximação
com a população, de trabalhar mais em parceria com o movimento associativo, com
os empresários da sua terra, com a sociedade civil em geral, e de promover a
participação de todos na definição de estratégias para o concelho.
Em
Tomar, ao contrário da maioria dos municípios, foi elaborado um Plano
Estratégico de Desenvolvimento Urbano, sem se ouvir os vários agentes
económicos, sem auscultar as diversas associações e os vários movimentos
cívicos. Não foram definidos eixos estratégicos de desenvolvimento e muito
menos politicas ativas para o crescimento do concelho de Tomar.
Esta
governação PS/CDU não tem qualquer estratégia e projeto para o concelho de
Tomar. A título de exemplo, falam de turismo, mas não se preocupam na
elaboração de um Plano Municipal de Turismo. Não estão definidos eixos
estratégicos de desenvolvimento e não encontramos qualquer iniciativa por parte
do município, no sentido de apoiar os empresários no âmbito das oportunidades
dos fundos comunitários do Programa “Portugal 2020”.
As
autarquias, como pilares do regime democrático saído do 25 de abril de 74, e
como poder político de maior proximidade aos cidadãos, enfrentam cada vez mais
responsabilidades, e têm o desafio de passarem gradualmente a um patamar superior
de elevação da qualidade de vida das comunidades onde se inserem.
Mas,
para que tal aconteça é necessário termos autarcas modernos, com competência e
capacidade redobradas, abertos à participação comunitária, em conjunto com uma
visão humanista e solidária do desenvolvimento local, que se pretende
equilibrado e sustentado, o que não é infelizmente o que acontece com esta
gestão partilhada PS/CDU.
Tomar
necessita de novos pioneiros, confiantes nas suas capacidades e nas
potencialidades da nossa terra, que se voltem a interessar pelas causas e que contribuam
com as suas ideias e soluções para Tomar.
ReTomar
2017 tem sido o nosso lema.
Temos
de olhar para o futuro. É urgente criar políticas ativas concretas de
desenvolvimento, progresso, de crescimento e não se limitar a uma gestão de
caprichos e de desejos de vontades individuais.
Não
podemos perder a esperança. Temos de acreditar em Tomar.
João
Tenreiro
Presidente
do PSD/Tomar
Vereador
na Câmara Municipal de Tomar, eleito pelo PSD
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