Sr.ª Presidente,
Foi com surpresa, ou talvez
não, que os vereadores do PSD se confrontaram com o conteúdo da sua resposta ao
requerimento por nós apresentado, acerca da participação de V. Ex.ª numa sessão
realizada pela NERSANT.
Os vereadores do PSD apenas
questionaram V. Ex.ª para nos responder às seguintes questões:
a) Qual a legitimidade
com que a Senhora Presidente da Câmara apresentou a uma audiência de
empresários as supostas opções estratégicas para tomar 2020? Quem e quando as
mesmas foram legitimadas;
b)Se houve alguma
discussão pública dessas opções? Com quem? Teria sido proveitosa essa
discussão, com os empresários de Tomar e com a população em geral? Se sim, porque
não foi feita?
c) Se o Executivo as
aprovou ou as considerou e se sim, quando?
d) Ou a Senhora
Presidente é detentora de toda a verdade, competência sapiência, e não
considera necessário auscultar os principais interessados no assunto, os empresários?
E talvez, os que melhor podem acrescentar valor a essas ideias, porventura
positivas?
Porém, Sr.ª Presidente,
V. Ex.ª não nos deu qualquer resposta a essas mesmas perguntas, limitando-se a
fazer considerações que entendemos serem infundadas, sem legitimidade e até
pouco éticas, quanto à nossa atuação enquanto maior partido da oposição em
Tomar, recomendações essas que aliás não aceitamos nem lhe reconhecemos
competência para tal.
Sr.ª Presidente,
V. Ex.ª promoveu, e bem,
as comemorações dos 40 anos do 25 de Abril de 1974, neste salão Nobre da Câmara
Municipal.
O 25 de Abril trouxe de
facto a liberdade de expressão, de pensamento e de livre associação, entre
outros direitos que se vieram a consagrar na Constituição da Republica
Portuguesa.
Mas não veio colocar de
parte o respeito que se deve ter pelas instituições, pelos eleitores e pelos
cidadãos, que V. Ex.ª parece deixar de parte.
Infelizmente temos vindo
a constatar que o Partido Socialista em Tomar se limitou utilizar a demagogia
fácil e as falsas promessas para chegar ao poder, cuja sede vinha alimentando
há mais de 10 anos, apesar de ter estado no último mandato durante dois anos na
governação.
Nestes seis meses têm
vindo a emergir um conjunto de falsas promessas que V. Ex.ª andou a promover e
prometer, apenas e só com o claro intuito de chegar ao poder.
A exemplo disso temos o
que se passou na última reunião de câmara, onde uma cidadã habitante do
flecheiro interrompeu os trabalhos, a reivindicar o que possivelmente lhe
prometeram e o presidente da Associação dos Amigos do Fado que disse
expressamente que no dia das eleições recebeu mensagens e apelo ao voto no PS,
afirmando que tudo lhe prometeram durante a campanha eleitoral…
È triste ver a governação
da Câmara perder, em tão pouco espaço de tempo, a sua credibilidade e
dignidade….
É a IBM, cujas obras das
instalações deveriam estar concluídas a 1 de Março e não estão….
É o tão afamado e
anunciado Mercado Municipal, cujas obras de remodelação foram amplamente
divulgadas, estando prevista e prometida a sua conclusão e respectiva inauguração
para o dia 25 de Abril, o que não aconteceu…
E a tão falada zona do
Flecheiro, que V. Ex.ª na sua campanha eleitoral teve o cuidado de visitar e
prometer uma intervenção urgente, mas que até agora … nada
E podíamos dar mais
exemplos, mas por agora chega, pois são tantos os episódios e tristes
acontecimentos que para já ficamos por aqui…
Sr.ª Presidente….
A demagogia não pode nem
deve ser o mote principal para chegar ao poder.
Sabemos as dificuldades
com que o nosso concelho se depara e, por isso as promessas e projetos devem
ser realistas, óbvios e concretos.
Somos experientes, sendo
certo que há vários anos que interagimos e agimos na comunidade e na sociedade
civil. Ambos temos carreiras profissionais e provas dadas, que falam por si. Sempre
nos ensinaram e
sempre nos pautamos por ser verdadeiros, corretos e coerentes com as nossas
propostas, argumentos e promessas.
O que se tem passado
nestes últimos meses e em especial na última reunião de câmara, vem
infelizmente confirmar uma atuação política do PS, contrária aos princípios
subjacentes de como se deve fazer política e exercer o cargo para onde fomos
eleitos. Os vereadores do PSD não se identificam e demarcam-se dessa sua atuação,
pois não é, nunca foi e não será o nosso modo de estar na política.
Tomar, 28 de Abril de
2014