Muito se tem falado nas últimas semanas sobre o sistema de Educação em Portugal, ensino público versus privado, e a cessação de contratos de associação que asseguram um ensino de qualidade a milhares de alunos em todo o país.
Apesar de não ser uma especialista em matéria de Educação, tenho muito mais perguntas do que respostas acerca deste assunto.
Porque tenho a certeza do seguinte, e aproveito para citar o professor e defensor acérrimo da meritocracia e responsabilidade, José António Salcedo, “Considero inadmissível que seja o Estado a determinar que alunos vão para cada escola. Como considero inadmissível que seja o Estado a determinar que professores vão para cada Escola. Como considero inadmissível que o Estado venha progressivamente a cortar a liberdade e a responsabilidade sob as quais as escolas funcionam.”.
Logo à partida, condeno as confusões geradas à volta da importância da escola pública, em detrimento da escola privada e de todo o preconceito “anti-privado” com que a Esquerda tenta manipular a opinião pública.
Porque a missão do Estado é, como indica o artigo 43º da Constituição, assegurar a educação de todos os alunos durante o período de ensino obrigatório, seja através de escolas públicas, privadas ou mistas, garantindo a sua liberdade de escolha para aprender.
Não é o que acontece, no ensino público não há uma verdadeira liberdade de escolha. É preciso ter a morada “certa” para entrar na Escola Pública “certa”. E, onde a qualidade não estiver assegurada pelo ensino público, há que permitir a opção pelo ensino privado, independentemente da capacidade financeira da família do aluno.
Isto leva-nos à divisão que interessa (seja à esquerda ou à direita): Boas e Más Escolas. Bons e Maus Professores. Que existem tanto no ensino estatal como no privado.
Por isso, importa falar de como podemos construir uma rede ensino de qualidade. Independentemente da sua natureza pública ou privada. Aprender e replicar as boas práticas e corrigir as más.
Enquanto isto o Governo vai tomando posições, baseadas em demagogias e em números soltos, que só prejudicam seriamente os alunos e os pais. Todos nós, inclusive quem decide, beneficiaríamos se existissem estudos rigorosos e quantitativos dos custos e benefícios associados aos vários tipos de financiamento, que trouxessem à discussão pública um debate inteligente sobre como construir uma rede nacional de ensino de qualidade, inclusiva e de referência.
Cabe-nos a nós, estruturas partidárias, e sociedade civil chamar à discussão todos os intervenientes e responsáveis por este tema e exigir a mudança para um paradigma mais transparente e coerente na Educação em Portugal.
“Na Política ou na nossa vida pessoal, a ignorância não é uma virtude!”
Quem o disse foi o Presidente dos EUA, Barack Obama, no passado dia 15 de Maio no discurso dirigido aos finalistas de 2016 na Escola Rutgers, na Universidade Estatal de New Jersey, sobre o comportamento desajustado de alguns políticos em plena campanha presidencial, que se dirigem ao eleitorado falando de matérias que desconhecem.
Ou seja, ao que estamos habituados: as Não-Verdades. Mas não é isso que quero para Tomar. Não é isso que quero para Portugal. E, com certeza, não é essa educação que quero para as novas gerações.
O pensamento crítico nunca foi tão importante como agora.
É, por isso, fundamental que hajam decisões responsáveis baseadas em informação mais credível e isenta de influências, comportamentos e opções políticas mais adequadas para um eleitorado cada vez mais informado e mais exigente!
Catarina Ferreira
Vice-Presidente JSD Tomar
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