quarta-feira, 27 de abril de 2016

Acreditar em Tomar



Numa semana, assinala-se entre nós duas datas fundamentais para a democracia e para a sociedade: o 25 de Abril, que abriu a porta às liberdades políticas, e o 1 de Maio, dia dedicado às lutas pela condição de quem trabalha.
Recordamos aqueles que lutaram pelos nossos direitos, liberdades e garantias. Pessoas que se bateram pela democracia, pelo fim da guerra, pela proteção do trabalhador e pela liberdade de expressão.
Alguns arriscaram a vida, tiveram que viver clandestinamente. Foram presos ou exilados; outros comprometeram a profissão, a posição social e o conforto da família.
Hoje, fruto do trabalho sistemático de tantos portugueses, e de uma corajosa operação de jovens militares, o País goza de liberdade e de estabilidade. Conquistou-se a soberania popular, o poder local, a livre participação cívica e partidária, a igualdade de género, o verdadeiro sindicalismo e um sem fim de outras realidades que ainda conservamos.
Mas a democracia conquistada não se pode restringir ao formalismo de atos eleitorais regulares.
Abril é também “Poder Local”. A descentralização de poderes foi uma das conquistas da Revolução, com o objectivo de aproximar as pessoas dos centros de decisão. Por isso, uma autarquia não se pode demitir de uma política ativa de aproximação com a população, de trabalhar mais em parceria com o movimento associativo, com os empresários da sua terra, com a sociedade civil em geral, e de promover a participação de todos na definição de estratégias para o concelho.
Em Tomar, ao contrário da maioria dos municípios, foi elaborado um Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, sem se ouvir os vários agentes económicos, sem auscultar as diversas associações e os vários movimentos cívicos. Não foram definidos eixos estratégicos de desenvolvimento e muito menos politicas ativas para o crescimento do concelho de Tomar.
Esta governação PS/CDU não tem qualquer estratégia e projeto para o concelho de Tomar. A título de exemplo, falam de turismo, mas não se preocupam na elaboração de um Plano Municipal de Turismo. Não estão definidos eixos estratégicos de desenvolvimento e não encontramos qualquer iniciativa por parte do município, no sentido de apoiar os empresários no âmbito das oportunidades dos fundos comunitários do Programa “Portugal 2020”.
As autarquias, como pilares do regime democrático saído do 25 de abril de 74, e como poder político de maior proximidade aos cidadãos, enfrentam cada vez mais responsabilidades, e têm o desafio de passarem gradualmente a um patamar superior de elevação da qualidade de vida das comunidades onde se inserem.
Mas, para que tal aconteça é necessário termos autarcas modernos, com competência e capacidade redobradas, abertos à participação comunitária, em conjunto com uma visão humanista e solidária do desenvolvimento local, que se pretende equilibrado e sustentado, o que não é infelizmente o que acontece com esta gestão partilhada PS/CDU.
Tomar necessita de novos pioneiros, confiantes nas suas capacidades e nas potencialidades da nossa terra, que se voltem a interessar pelas causas e que contribuam com as suas ideias e soluções para Tomar.
ReTomar 2017 tem sido o nosso lema.
Temos de olhar para o futuro. É urgente criar políticas ativas concretas de desenvolvimento, progresso, de crescimento e não se limitar a uma gestão de caprichos e de desejos de vontades individuais.
Não podemos perder a esperança. Temos de acreditar em Tomar.

João Tenreiro
Presidente do PSD/Tomar
Vereador na Câmara Municipal de Tomar, eleito pelo PSD

terça-feira, 26 de abril de 2016

Discurso do Deputado Municipal Tiago Carrão na Assembleia Municipal comemorativa do 25 de Abril de 1974


Comemoramos hoje o 42º aniversário do 25 de Abril.
O Movimento das Forças Armadas que libertou Portugal das amarras da ditadura, da opressão e da guerra.
O primeiro passo de um caminho de liberdade e democracia.
2 anos depois, Portugal deu mais um importante passo, com a aprovação da Constituição da República Portuguesa.
Mas este percurso ainda não terminou.
A democracia não é um projeto acabado.
Mas sim, um sonho que construímos todos os dias. Todos os portugueses. Todos nós.
O 25 de Abril devolveu aos Portugueses os direitos e as liberdades fundamentais, que ficaram consagrados na Constituição.
Esta viragem histórica da sociedade portuguesa abriu portas a um mundo de oportunidades para Portugal e para os portugueses.
Um país onde eu, a minha geração e as gerações das últimas décadas, não sabemos o que é viver com censura. Viver com desconfiança. Viver com medo.
Um país onde podemos hoje fazer as nossas escolhas, tomar as nossas decisões.
Portugal é hoje um país do qual todos nos orgulhamos.
Mais desenvolvido. Mais justo. Mais solidário.
Um país onde temos condições para ter sucesso.
Condições para competir com o resto do mundo!
Temos história, património e infraestruturas.
Um ensino de excelência, que prepara profissionais extraordinários capazes de singrar em qualquer parte do mundo.
Tecnologia ao nível do que melhor se faz lá fora.
Recursos diferenciadores como o clima, o mar e a floresta.
Setores, como a agricultura, a cultura, o desporto e o turismo, onde somos dos melhores!
Porque temos um povo capaz, corajoso e empreendedor.
Mais do que contabilizar os sucessos da democracia, devemos hoje refletir não só sobre o 25 de Abril e o legado que nos deixou, mas especialmente sobre o nosso futuro.
As incertezas e preocupações que pairam hoje sobre Portugal e que podem comprometer o futuro do país.
A independência nacional, a nossa liberdade, estão condicionadas pela economia e pelas finanças.
As assimetrias entre o litoral e o interior continuam a aumentar.
O Poder Local vê-se confrontado com novos paradigmas.
Exigentes, que requerem os melhores e o melhor de cada um.
Que obrigam a uma nova visão da gestão municipal.
Assistimos hoje ao retrocesso na confiança dos investidores nacionais e estrangeiros.
À crescente descredibilização no funcionamento das instituições e dos agentes políticos.
Falamos do país, como poderíamos falar de Tomar.
E as conclusões seriam muito semelhantes.
É neste contexto excecionalmente difícil, que enfrentamos novos desafios.
Para os quais precisamos do compromisso e empenho de todos.
Mas, os Portugueses estão insatisfeitos com a Democracia.
Não é por acaso que assistimos a um aumento das taxas de abstenção.
De acto eleitoral para acto eleitoral, há mais pessoas descontentes.
Há mais pessoas descrentes no sistema democrático.
E isso, deve ser uma preocupação de todos. No País e em Tomar.
42 anos depois da implantação da 3ª República.
40 anos depois da aprovação da nossa 6ª Constituição.
A defesa da democracia assume uma verdadeira importância para o nosso país.
Para a nossa região. Para o nosso concelho.
Mais do que nunca, a credibilidade, a responsabilidade e a responsabilização, são essenciais para o futuro de Portugal.
Como há 42 anos, o nosso principal objetivo deve continuar a ser melhorar a vida das pessoas.
Não estamos condenados à estagnação, à indiferença, ao desânimo.
Os últimos anos assim o demonstraram!
Temos a oportunidade de virar mais uma página histórica em Portugal.
E de continuarmos a cumprir os valores de Abril.
Mas não nos podemos esquecer que a consolidação da democracia é uma tarefa árdua!
Queremos ou não ter o nosso destino nas nossas próprias mãos?
Queremos ou não um Portugal mais coeso, territorial e socialmente?
Queremos ou não que sejam levadas a cabo reformas estruturais ainda necessárias para o nosso país?
Cabe-nos a nós honrar a memória daqueles que antes de nós lutaram pela liberdade e pela democracia.
Cabe-nos a nós merecer o legado do 25 de Abril e preparar o futuro das gerações vindouras.
Como dizia António Ramos Rosa: “se a pátria é uma herança ela é também o espaço que está à nossa frente”.
Tomarenses, amigos.
É o futuro que está à nossa frente.
Estaremos à altura das responsabilidades?
Eu acredito que sim!
Viva o 25 de Abril!
Viva Tomar!
Viva Portugal!


 


TIAGO CARRÃO Deputado Municipal
Grupo Municipal PSD

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Tomar tem futuro com o PSD (Resposta ao artigo do Dr. Sérgio Martins no Jornal O Templário)


Na grande maioria das vezes quando escrevemos um artigo, apelamos ao nosso lado mais emocional, levando por vezes ao colapso do lado racional.
Não querendo de modo algum ofender ou reprimir alguém, é com algum espanto que me deparo com o conteúdo dum artigo intitulado “Quo Vadis PSD”, na edição desta semana do Jornal “O Templário”.
Não é apenas o conteúdo que me espanta, mas também o desconhecimento que este militante do PSD tem da realidade da Concelhia do PSD em Tomar… o que é no mínimo estranho! Pois existem reuniões quinzenais que são abertas a todos os Tomarenses para que estes venham expor os seus problemas ou apresentar as suas propostas.
Que me recorde, nestes últimos 6 anos, só me lembro de ver o Sr. Sérgio Martins uma vez na Concelhia… e já lá vão cerca de 5 anos.
Cabe-me como Vogal da Concelhia, dizer-lhe que o PSD está a fazer o seu trabalho de casa, que não se está a reorganizar… já se reorganizou. E que acima de tudo está a trabalhar para se apresentar como uma clara alternativa de Governação para o concelho.
Não basta aparecer nos jornais e dizer algumas palavras, muitas das vezes vazias de conteúdo, marcar presenças em inaugurações e dizer em alto e bom som que “estamos a trabalhar em prol da população”.
Caro Dr. Sérgio Martins, felizmente os Tomarenses dos nossos dias não olham apenas para a propaganda. O Tomarense não quer saber quem está na primeira página do Jornal! Os Tomarenses querem ver os seus problemas resolvidos! Os anseios das nossas gentes prendem-se com o saneamento básico, o Lixo, as estradas, a iluminação pública, os passeios limpos… e acima de tudo o Tomarense quer ser ouvido e quer ter feedback positivo por parte de quem está nas lides políticas… e que lhe inspire confiança.
É na resolução destes e doutros problemas que o PSD está concentrado e a trabalhar. Dizer que o trabalho ainda não é visível, é uma coisa! Agora dizer que ele não está a ser feito, só demonstra o seu total desfasamento sobre a realidade concreta.
É ponto assente que em 2017, o PSD vai apresentar um Programa Eleitoral que vai poder cumprir e acima de tudo pode referir com orgulho que ouviu todos os sectores da Sociedade Civil, que foram ouvidos nas suas preocupações e que fizeram suas propostas.
As Jornadas reTomar 2017 estão em marcha e cumprem um rigoroso planeamento de todas as ações a realizar, sejam elas abertas à população ou não. Basta ver a visita do passado fim de semana à Freguesia dos Casais e Alviobeira. Ao contrário de muitos, nós estamos no terreno a ouvir a população e não o fazemos apenas em altura de eleições…
No que se refere à sua consideração sobre a Santa Casa de Misericórdia de Tomar, não é nossa intenção “andar a meter a foice em seara alheia”, pois esta mui nobre Instituição do Concelho, no mínimo, merece respeito e deve ser mantida ao lado de lutas partidárias fratricidas, cujos resultados são por vezes muito nefastos para todas as partes intervenientes.
Para terminar, garanto-lhe que em 2017 teremos um PSD renovado, consciente das dificuldades do Concelho e acima de tudo com muita ambição e vontade de voltar a colocar Tomar como exemplo de tudo o que deve ser uma gestão autárquica centrada nas pessoas e no desenvolvimento socioeconómico que todos ambicionam.


João Miguel Curvacho
(Vogal da Concelhia do PSD de Tomar)



quarta-feira, 20 de abril de 2016

VISITA DO PSD À UNIÃO DE FREGUESIAS DE CASAIS E ALVIOBEIRA


Realizou-se no passado dia 16 de Abril a visita do PSD Tomar à União de Freguesias de Casais/Alviobeira, integrada no Roteiro reTomar – uma iniciativa tem como objetivo o contacto de proximidade com as associações, empresas e instituições do nosso concelho.
Depois da apresentação feita pelo Presidente da Junta de Freguesia, João Luís Alves, na sede da Junta, onde deu a conhecer as principais obras já levadas a efeito pela Junta, as que tencionam ainda levar por diante, bem como as principais dificuldades encontradas pelo seu executivo.
De seguida, foram visitadas algumas das ambições do executivo da Junta para a freguesia, nomeadamente o alargamento do cemitério dos Casais e a estrada do Pilão.
Seguiu-se a visita à Associação Cultural, Recreativa e Social da Venda Nova, onde se pôde observar o ponto de situação das obras no pavilhão, uma construção inicialmente pensada para servir as freguesias e coletividades do norte do Concelho.
Visitou-se também o Centro de Dia desta Associação, que conta com 32 utentes, prestando apoio domiciliário a mais de 60, com um quadro de 16 funcionários e 6 viaturas de serviço. Como apoios, recebe as comparticipações da Segurança Social, relativas a cada utente, a comparticipação mensal da própria Junta de Freguesia e as quotas dos sócios. Foi ainda referido pelo Presidente da Colectividade, Luís Duarte, que a grande ambição do Centro é a construção futura de um lar, pois a sobrevivência económica e financeira da instituição dependerá disso.
Seguiu-se a passagem pela Campo Jovem (Quinta dos Ganados), onde foi dado a conhecer pelo Eng.º João Luís o interessante e inovador projeto que ali se desenvolve, um campo de férias pedagógico, com capacidade para albergar uma média anual de 3.200 jovens (dados de 2015).
Foi ainda possível constatar as obras de recuperação que têm vindo a ser efetuadas pelos proprietários, respeitando as linhas originais dos edifícios e conseguindo uma adaptação excepcional às actuais funcionalidades pretendidas.
A visita prosseguiu para o Museu Rural e Etnográfico do Rancho Folclórico e Etnográfico de Alviobeira. O Museu compreende duas vertentes, uma de conservação e exposição do espólio do Rancho e outra de recriação histórica de uma casa no início do século passado.
Finalmente, visitou-se o edifício da antiga Escola Primária de Alviobeira, espaço cedido ao Rancho e que já foi alvo de algumas obras de intervenção e recuperação, tendo a Directora do Rancho, Manuela Santos, referido que pretendem fazer dali um espaço comunitário de lazer.
A União de Casais e Alviobeira foi a segunda visita do Roteiro reTomar, uma excelente oportunidade de contactar com a população do nosso concelho, conhecer o trabalho que desenvolvem, bem como os seus objetivos, as suas dificuldades e os seus sucessos.

PSD TOMAR



quinta-feira, 14 de abril de 2016

Credibilidade, Honestidade e Competência no Poder Local


«Mais do que fazer prevalecer uma determinada cor política e partidária, está em jogo a capacidade dos candidatos servirem com honestidade e competência o povo da sua zona»,
“Conselho Permanente da Conferência Episcopal”
Ainda a propósito da celebração do quadragésimo aniversário da Constituição da Republica Portuguesa, aprovada em 2 de Abril de 1976, e que entrou em vigor em 25 de Abril de 1976, justamente dois anos após a revolução, cumpre elevar um dos propósitos inequívocos do movimento revolucionário que se traduziu na conquista do principio democrático do qual é elemento constitutivo o principio do sufrágio universal nos termos do qual “ o povo exerce o poder politico através do sufrágio (…)” que é universal, directo, secreto e periódico, através do qual os cidadãos elegem os órgãos representativos do poder politico.
Nada mais consentâneo com a aproximação, a passos largos, das próximas eleições autárquicas em 2017.
As primeiras eleições autárquicas em Portugal realizaram-se, a 12 de dezembro de 1976. Foram as últimas de um ciclo que começou com a transição para o regime democrático, com a revolução de 25 de abril de 1974. Em cerca 18 meses decorreram, entre grande agitação política e social, seis escrutínios: Assembleia Constituinte (25.4.1975), Assembleia da República (25.4.1976), Presidência da República (27.6.1976), Assembleias Legislativas da Madeira e Açores (também a 27.6.1976), e autárquicas.
De crucial relevância para a definição do poder local, a antevisão, mesmo num momento que temporalmente ainda é distante, da realização de eleições autárquicas, gera, por norma, momentos de grande agitação e de movimentações no seio dos círculos partidários, nos quais de forma prospectiva e natural se vão definindo os pseudo candidatos, os candidatos a candidatos, e os candidatos que, num juízo de prognose, se mostram mais adequados e disponíveis à concretização de interesses colectivos, e outros tanto à concretização de interesses pessoais de alguns que , não sendo candidatos, estão profundamente enraizados nos desígnios do Município.
Alguns vão afirmando expressamente a sua vontade, outros tantos não o admitem, e há ainda aqueles que aparentemente coniventes com interesses associativos da mais variada índole ocultam a promoção de campanhas quase pré eleitorais, porventura na tentativa de consolidação de apoios políticos, ou eventualmente apenas supondo que o associativismo será o melhor caminho para dar “rosto” a uma aparição publica.
A Carta Europeia da Autonomia Local “ considerando que as autarquias locais são um dos principais fundamentos de todo o regime democrático”, define autonomia local como “ o direito e a capacidade efectiva de as autarquias locais regulamentarem e gerirem, nos termos da lei, sob sua responsabilidade e no interesse das respectivas populações uma parte importante dos assuntos públicos.”

Ora, tão ou mais importante do que o programa do partido político que concorre a umas eleições autárquicas é a postura da pessoa, o estilo de gestor do candidato a presidente.
A política, enquanto fenómeno centralizador da vida em sociedade, e presente portanto em todos e entre todos os grupos, instituições e sociedades, de forma transversal na vida pública e na vida privada, tem a ver com a conquista e manutenção do poder tendo em vista um bem, que é comum, e que assenta na defesa do interesse das respectivas populações.
E a qualidade do exercício do poder local, aferir-se-á, em última instância, em face da prestação de contas em que assenta o sufrágio eleitoral. As eleições são pois o momento privilegiado para assinalar a aprovação ou insatisfação dos munícipes.
Recentemente, o Papa Francisco veio incentivar os cristãos a intervir no campo da política, contribuindo na sua opinião para a construção do bem comum: «Envolver-se na política é uma obrigação dos cristãos. Nós, os cristãos, não podemos fazer como Pilatos: lavar as mãos! Temos de nos meter na política, porque a política é uma das formas mais altas da caridade, dado que busca o bem comum… Trabalhar pelo bem comum é um dever do cristão».
E referindo-se, ainda que num outro momento, ao papel dos autarcas, o Pontífice da Igreja Católica sublinhou que “ (…) o autarca tem de estar no meio do seu povo, porque é um mediador de recursos, de afetos, de expectativas e mesmo de conflitos. E a tentação do autarca é passar de mediador a intermediário.”
Assinalando a diferença esclareceu que “ (…)o intermediário aproveita a necessidade das partes em causa e retira para si um quinhão, como faz o pequeno lojista, que serve os clientes, mas retira para si mesmo a margem de lucro, ao passo que o mediador não fica com nada para si próprio, serve e pronto. O autarca que não proceda como mediador não serve para autarca.(…)
Reconhecendo assim os perigos que ameaçam os políticos em geral, é tempo de os senhores autarcas e seus cúmplices submergirem num profundo exame de consciência ou um sério exercício de autocrítica.
Legitimado por uma defesa que se impõe destemida e conscienciosa dos valores locais e dos interesses das populações que representa, o poder politico local deve antes de mais identificar-se com a população que representa ou que quer representar, cultivando o espirito de identidade e comunidade, reconhecendo as condições pessoais e económicas do município, libertando-se dos interesses individuais de cada elemento que o compõe, apenas e só em prol do tal bem comum, a que se refere o Papa Francisco.
Evidências que são, algumas vezes e por parte de alguns autarcas, ignoradas ou temporariamente esquecidas, porque se impõem as conquistas dos “gostos”, as promessas individuais, as críticas de opções legítimas passadas e presentes, e as “políticas da terra queimada”, bem como as desculpas do presente com o passado, e para o futuro com o presente.
Compete aos agentes políticos e responsáveis dos partidos políticos consolidar o sistema democrático, em prol das suas populações, pela sua honestidade, competência e espírito de serviço.
Por seu turno, a todo o cidadão cumpre oferecer a sua ativa colaboração, especialmente quando é convocado para votar. A abstenção reconduz-se fundamentalmente a uma desistência pessoal de contribuir para melhorar a vida da comunidade.
É nesse sentido FUNDAMENTAL que, por parte dos partidos políticos existam projectos coesos, ideias consistentes, competência, espirito cívico e visão para o futuro. Por isso que hoje quem se dispõe a ser julgado pelos eleitores, no tal exercício de prestação de contas, tem que estar preparado para um trabalho árduo e muito exigente, consciente da obrigação de dar o melhor em prol duma comunidade.
As chamadas forças politicas, com maior implementação eleitoral, têm de assumir redobrados cuidados nas suas escolhas para que Tomar e as suas gentes não saiam defraudados nas suas expectativas e prejudicados com as opções tomadas, pois dessas mesmas forças politicas que se apresentarem a eleições, uma delas terá forçosamente que ganhar e gerir os destinos deste tão NOBRE CONCELHO.
As preocupações não devem resumir-se a ocupar a cadeira do “poder” e distribuir “lugares”. Importa efectivamente pensar Tomar em toda a sua génese, cultivando uma identidade colectiva que é nossa, e assumindo o “ espirito de lugar” próprio das nossas gentes.
Impõe – se refutar a ideia de que um qualquer plano “tipo” possa ser adaptado em função de medidas populistas e irreais, apenas e só com o intuito de ganhar, pois na minha modesta opinião esse tempo “já lá vai” e “ já deu o que tinha a dar”. Hoje os eleitores são atentos, meticulosos e exigentes, e só com um caminho de Competência, Credibilidade, Honestidade e Serviço de Missão se pode obter a melhoria das condições de vida e sustentabilidade.
José Pedro Aguiar-Branco, no último Congresso do PSD em Espinho, deixou bem claro que o próximo "grande desafio" para o PSD terá lugar em 2017 e serão as eleições autárquicas. "Enquanto partido, o grande desafio que tem pela frente são as próximas eleições autárquicas. Espero que todos estejam realmente mobilizados", afirmou, referindo que nenhum militante ou simpatizante se devia demitir das suas responsabilidades se for chamado a dar a cara, pois o PSD é um partido em que todos temos que estar prontos, caso sejamos chamados, e por norma o PSD escolhe os melhores.
É nesse sentido, como Vice-presidente do PSD de Tomar, mas acima de tudo Tomarense, que considero que as eleições de 2017, vão ser um marco importante para o Concelho de Tomar e que os partidos a sufrágio se devem abster de encarar estas eleições apenas como mais umas. Consciente de que a grande maioria dos nossos eleitores avalia diariamente o trabalho de quem governa, assim como o trabalho de quem está na oposição, o PSD de Tomar assume com as nossas gentes um compromisso de renovação e responsabilidade, porque Tomar merece.
E convicto da sua missão, o PSD de Tomar está preparado para responder COM CREDEBILIDADE, HONESTIDADE E COMPETENCIA no próximo ato eleitoral com vista a ReTOMAR 17.

«(…) o dever de votar não obriga apenas à participação no ato eleitoral. Obriga também a que, previamente, os eleitores se informem com o maior cuidado sobre os candidatos, escolhendo os que se mostrem mais dignos de confiança, quer pela sua competência e rectidão moral, quer pela sua capacidade de servir o bem comum.»
“in, comunicado da reunião da Assembleia Plenária do Episcopado, Fátima, 12 de novembro de 1976”

                                               Francisco Madureira, Vice Presidente do PSD de Tomar

quarta-feira, 6 de abril de 2016

As razões do chumbo do orçamento da Junta de Freguesia Urbana


À semelhança do que aconteceu em Dezembro de 2015, os cinco eleitos do Partido Social Democrata da Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de São João Baptista e Santa Maria dos Olivais votaram contra as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2016.
Com a reforma administrativa das freguesias, a freguesia urbana alcançou uma dimensão bastante elevada, superior a muitos concelhos da nossa região, representando mais de metade dos eleitores tomarenses.
É, por isso, evidente que numa freguesia com estas características, o executivo da Junta de Freguesia e, em particular, o Presidente de Junta assumem uma responsabilidade acrescida, de corresponder à exigência e às necessidades da freguesia, de ter uma visão e estratégia para o desenvolvimento do território.
Ao longo destes quase 3 anos de mandato, deparamo-nos com um executivo sem ideias nem soluções, governando com medidas avulsas e sem qualquer planeamento do futuro. Um executivo que em várias ocasiões colocou os interesses do seu Partido (PS) à frente dos dos fregueses.
O PSD e os seus eleitos não se revêm nesta forma de actuar. A freguesia e os fregueses merecem mais e melhor! Desde o início do mandato que têm trabalhado por uma Junta de Freguesia mais interventiva em sectores como a economia, a segurança, a acção social, o turismo e a revitalização do centro histórico. Apelos que não têm recolhido a simpatia do executivo e, em especial, do Presidente Augusto Barros.
Ainda assim, e após a reprovação do Orçamento da Junta de Freguesia Urbana para 2016 em Dezembro passado, o PSD esteve disponível para dialogar, apresentar os seus contributos e colaborar com vista à viabilização dos documentos. A única exigência do PSD é, como tem sido desde a primeira hora, a inclusão de propostas nas Grandes Opções do Plano e Orçamento que acreditamos melhorarem substancialmente os mesmos e o seu serviço à população.
Infelizmente, o Presidente da Junta, mesmo tendo dialogado com os vogais do PSD, manteve uma postura de não compromisso, em que o diálogo foi unicamente com o objetivo de aprovar o orçamento e não de compromisso para que efetivamente as propostas do PSD apresentou fossem realmente incluídas, postura obstinada e pouco democrática, nunca encarando o diálogo com o PSD de forma séria e com compromisso.
Assim, face à incapacidade do executivo em chegar a um acordo que efetivasse alterações nas Grandes Opções do Plano e do Orçamento em vez de uma mera carta de intenções, e uma vez que este executivo, liderado por Augusto Barros, faz constantemente “ouvidos de mercador” às deliberações da Assembleia de Freguesia, o PSD viu-se forçado a manter a sua postura de seriedade e coerência: não aprovar os documentos.
Dizia Albert Einstein que “Insanidade é continuar a fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes.”
E foi precisamente isto que se passou: o Presidente Augusto Barros voltou 4 meses depois a apresentar documentos essencialmente idênticos àqueles que já haviam sido reprovados, esperando uma votação diferente.

Os Vogais do PSD  da Assembleia da União de Freguesias
de São João Baptista e Santa Maria dos Olivais