sexta-feira, 16 de maio de 2014

Transcrição da Conferência de Imprensa do dia 15 de Maio de 2014

Caros Senhores Jornalistas

Antes de mais, em nome da concelhia do PSD de Tomar, quero agradecer a vossa presença na conferência de imprensa agendada para o dia de hoje…
Os acontecimentos, factos e episódios, que têm vindo a público, não podiam deixar o PSD calado e denunciar aquilo que considera ser uma política demagógica, fantasiosa e especulativa por parte da governação de esquerda socialista e comunista, que desde Outubro do ano passado gere os destinos da Câmara Municipal de Tomar.
Afinal a “agenda de mudança” prometida pelo PS, tinha escondida o fim das estátuas vivas, cujo evento e organização trazia a Tomar milhares de pessoas e cujo mérito da sua organização era já reconhecido a nível nacional,
Também se encontrava latente na “agenda de mudança” a imposição das taxas de estacionamento para a maioria das artérias da cidade de Tomar.
Mas deixemos mais para diante estas questões….
Vem a governação socialista e comunista denunciar que existem 3,8 milhões de euros em faturas que não foram contabilizadas em sistema informático, como determina a Lei.
Segundo a coligação, esta situação verifica-se desde 2008 e irá dar azo à intervenção da Inspecção-Geral de Finanças.
Para informar que sobre esta questão o PSD irá de imediato apresentar um requerimento no sentido de saber quais as faturas concretas e a que pelouros dizem respeito a origem de cada uma das faturas, cujo montante, segundo a coligação, se encontrava “escondido”.
Apenas para dizer que o PSD irá aguardar com serenidade o relatório da Inspeção Geral de Finanças, no respeito e obediência ao princípio da separação de poderes e aguarda que os trabalhos sejam concluídos o mais rápido possível, não se devendo julgar ninguém na “Praça Pública” antes de haver factos concretos e conclusões onde se possam apurar as alegadas e eventuais irregularidades e responsabilizar todos aqueles que por ação ou omissão possam ter contribuído para que tal viesse a acontecer.
Mas caso se venha a verificar que acusação seja mais uma tentativa de disfarçar e desviar as atenções dos cidadãos das promessas que a Sr.ª Presidente havia dito que resolveria em 100 dias e que passados seis meses ainda se encontram por solucionar; ou uma tentativa de camuflar a incompetência desta governação de esquerda que “matou” o evento das Estátuas Vivas de Tomar, também as instâncias próprias estarão certamente atentas aquilo que eventualmente se possa vir a consubstanciar num caso de calúnia ou até mesmo de difamação.
Por isso vamos aguardar com serenidade pelas conclusões da Inspeção Geral e continuar a fazer o nosso trabalho de oposição construtiva, ativa e dinâmica, mas sempre atenta aos interesses do concelho de Tomar.
Todavia, Tomar nunca se poderá esquecer que acabaram com as “Estátuas Vivas”
Na última reunião de Câmara Municipal a governação socialista e comunista anunciou que este ano não se realizava o Festival das “Estátuas Vivas” em Tomar.
Este assunto não pode ficar esquecido e os factos têm que ser denunciados, relatados e a verdade tem que ser dita…
Este seria de facto o primeiro ano em que o Festival de “Estátuas Vivas” não teria o apoio de fundos comunitários…
Por isso, seria de esperar que, atempadamente, se tivessem desenvolvido todos os esforços que assegurassem a concretização de tal evento, que no ano passado trouxe a Tomar cerca de 100.000 visitantes.
Para além de todos os fenómenos associados ao dinamismo económico potenciado por este festival, acresce lembrar o seu carácter pedagógico, junto das escolas, população em geral e visitantes, contribuindo para o desenvolvimento de hábitos culturais.
Não poderíamos estar mais de acordo, quando se diz que este evento é uma referência cultural e turística de Tomar e tem contribuído para o dinamismo económico da nossa região.
Contudo, a coligação de esquerda não soube gerir este assunto, não soube encontrar soluções de financiamento de um espetáculo cujo sucesso e receitas estariam certamente garantidos e numa atitude irrefletida e irresponsável decidiu pura e simplesmente acabar de vez com este Festival, cujo êxito das edições anteriores era o orgulho de todos os tomarenses.
Mas vamos aos factos,
A coligação de esquerda, após várias solicitações, não respondeu ou respondeu laconicamente ao coordenador Prof. Eduardo Mendes, que tentou estabelecer contactos e apresentar propostas desde dezembro de 2013;
Com essa atitude, o referido coordenador começou a considerar que não tinha as condições mínimas para a organização e realização do evento.
Com efeito, a Sr.ª Chefe de Divisão da Cultura emitiu uma informação, para ser proposta para aprovação em reunião do executivo, que consistia na realização e previsão de despesas, em 13 de março de 2014,
Contudo, só no dia 6 de maio de 2014 é que foi apresentada a apreciação da divisão financeira, a qual se limita a fazer referência às despesas, mas não se encontra qualquer estimativa de receitas a gerar.
Várias foram as situações em que os membros desta coligação de esquerda afirmaram que dariam sequência a todas as festividades que se têm vindo a realizar em Tomar, entre elas o Festival das Estátuas Vivas, pelo êxito, que tem tido e que é hoje reconhecido a nível nacional.
Porém, a incapacidade desta governação levaram a que preferisse não realizar este evento, desculpando-se com dificuldades financeiras, o que, perante os factos não é verdade.
A verdade é que esta coligação, em tão curto espaço de tempo, tem vindo a demonstrar que não tem capacidade para gerir os destinos do concelho, não tem capacidade organizativa o que é preocupante pois é o próprio concelho que começa a perder a sua credibilidade.
O Festival das “Estátuas Vivas” infelizmente acabou.
E acabou, não porque a situação financeira não o permite, como a coligação de esquerda quer fazer crer, mas porque a mesma não iniciou atempadamente os trabalhos para a sua organização, não soube e não teve capacidade para gerir a situação, faltando-lhe competência para consolidar um evento desta grandeza.
O conjunto de medidas desta governação, em tão curto espaço de tempo, têm sido assim atribuladas, sinuosas, algumas até de legalidade discutível e contestável.
Constamos que impera a demagogia, a ilusão e a propaganda, em detrimento da adoção de uma estratégia de desenvolvimento sustentado para o concelho de Tomar.
Apesar dos vereadores do PSD estarem constantemente a alertar para essas situações, apresentarem propostas e recomendações em tempo oportuno, conforme mapa que vos foi entregue, a estratégia politico-partidária do PS/CDU não tem permitido que se possa trabalhar em conjunto, na definição dessa mesma estratégia e plano que se quer para Tomar.
Além do mais o PS de Tomar continua a ser surpreendente nas suas afirmações, pois esquece-se que teve dois anos com responsabilidades de gestão no executivo anterior, vindo agora fazer acusações gratuitas e deploráveis, que apenas servem para tentar mandar “areia para os olhos” dos tomarenses.
Além do triste episódio do “epílogo” das “Estatuas Vivas”, temos o adiar constante do assunto Flecheiro, o estacionamento que passará a ser pago em grande parte das artérias de Tomar, a roda do Mouchão que continua sem funcionar, a alteração da data do aniversário dos bombeiros e a falta de respeito com os cidadãos quando só poucos dias antes se anuncia que o mercado não vai ser inaugurado no dia 25 de Abril….
E tantos outros episódios que poderiam ser enunciados, mas que certamente todos vós têm conhecimento e cujos factos foram por nós já denunciados…
Mas fica o grande e profundo lamento pelo fim das “Estatuas Vivas” em Tomar.
Pedimos à governação de esquerda que não se desculpem com o passado, pois mal ou bem, o PSD foi julgado nas últimas eleições, por uns escassos 281 votos.
Uma nota ainda, é lamentável e muito preocupante que após um semestre de condução da Câmara Municipal a coligação de esquerda não tenha ainda apresentado a sua visão, nem os correspondentes planos e programas, para alicerçar e relançar o desenvolvimento do Concelho de Tomar para os próximos 6 anos, tanto mais que está prestes a ter inicio a execução geral dos principais eixos estratégicos de desenvolvimento para o território nacional, no quadro do Programa “Portugal 2020”, preferindo entrar em politicas demagógicas, falsas promessas e propaganda mediática.
Mas numa coisa podem ter a certeza: o PSD, enquanto única e responsável força da oposição cá estará para apresentar as suas ideias, propostas e argumentos e nunca abdicará de estar atento e apontar, sempre que for necessário, as sonegações, falta de estratégia e falta de competência que infelizmente a gestão PS/CDU nos está a começar a habituar.

Tomar, 15 de Maio de 2014.

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