Caros
Senhores Jornalistas
Antes de
mais, em nome da concelhia do PSD de Tomar, quero agradecer a vossa presença na
conferência de imprensa agendada para o dia de hoje…
Os
acontecimentos, factos e episódios, que têm vindo a público, não podiam deixar
o PSD calado e denunciar aquilo que considera ser uma política demagógica,
fantasiosa e especulativa por parte da governação de esquerda socialista e
comunista, que desde Outubro do ano passado gere os destinos da Câmara
Municipal de Tomar.
Afinal a
“agenda de mudança” prometida pelo PS, tinha escondida o fim das estátuas
vivas, cujo evento e organização trazia a Tomar milhares de pessoas e cujo
mérito da sua organização era já reconhecido a nível nacional,
Também
se encontrava latente na “agenda de mudança” a imposição das taxas de
estacionamento para a maioria das artérias da cidade de Tomar.
Mas
deixemos mais para diante estas questões….
Vem a
governação socialista e comunista denunciar que existem 3,8 milhões de euros em
faturas que não foram contabilizadas em sistema informático, como determina a
Lei.
Segundo
a coligação, esta situação verifica-se desde 2008 e irá dar azo à intervenção da
Inspecção-Geral de Finanças.
Para
informar que sobre esta questão o PSD irá de imediato apresentar um
requerimento no sentido de saber quais as faturas concretas e a que pelouros
dizem respeito a origem de cada uma das faturas, cujo montante, segundo a
coligação, se encontrava “escondido”.
Apenas
para dizer que o PSD irá aguardar com serenidade o relatório da Inspeção Geral
de Finanças, no respeito e obediência ao princípio da separação de poderes e
aguarda que os trabalhos sejam concluídos o mais rápido possível, não se
devendo julgar ninguém na “Praça Pública” antes de haver factos concretos e
conclusões onde se possam apurar as alegadas e eventuais irregularidades e
responsabilizar todos aqueles que por ação ou omissão possam ter contribuído
para que tal viesse a acontecer.
Mas caso
se venha a verificar que acusação seja mais uma tentativa de disfarçar e
desviar as atenções dos cidadãos das promessas que a Sr.ª Presidente havia dito
que resolveria em 100 dias e que passados seis meses ainda se encontram por
solucionar; ou uma tentativa de camuflar a incompetência desta governação de
esquerda que “matou” o evento das Estátuas Vivas de Tomar, também as instâncias
próprias estarão certamente atentas aquilo que eventualmente se possa vir a
consubstanciar num caso de calúnia ou até mesmo de difamação.
Por isso
vamos aguardar com serenidade pelas conclusões da Inspeção Geral e continuar a
fazer o nosso trabalho de oposição construtiva, ativa e dinâmica, mas sempre
atenta aos interesses do concelho de Tomar.
Todavia,
Tomar nunca se poderá esquecer que acabaram com as “Estátuas Vivas”
Na
última reunião de Câmara Municipal a governação socialista e comunista anunciou
que este ano não se realizava o Festival das “Estátuas Vivas” em Tomar.
Este
assunto não pode ficar esquecido e os factos têm que ser denunciados, relatados
e a verdade tem que ser dita…
Este
seria de facto o primeiro ano em que o Festival de “Estátuas Vivas” não teria o
apoio de fundos comunitários…
Por
isso, seria de esperar que, atempadamente, se tivessem desenvolvido todos os
esforços que assegurassem a concretização de tal evento, que no ano passado
trouxe a Tomar cerca de 100.000 visitantes.
Para
além de todos os fenómenos associados ao dinamismo económico potenciado por
este festival, acresce lembrar o seu carácter pedagógico, junto das escolas,
população em geral e visitantes, contribuindo para o desenvolvimento de hábitos
culturais.
Não
poderíamos estar mais de acordo, quando se diz que este evento é uma referência
cultural e turística de Tomar e tem contribuído para o dinamismo económico da
nossa região.
Contudo,
a coligação de esquerda não soube gerir este assunto, não soube encontrar
soluções de financiamento de um espetáculo cujo sucesso e receitas estariam certamente
garantidos e numa atitude irrefletida e irresponsável decidiu pura e
simplesmente acabar de vez com este Festival, cujo êxito das edições anteriores
era o orgulho de todos os tomarenses.
Mas
vamos aos factos,
A
coligação de esquerda, após várias solicitações, não respondeu ou respondeu
laconicamente ao coordenador Prof. Eduardo Mendes, que tentou estabelecer
contactos e apresentar propostas desde dezembro de 2013;
Com essa
atitude, o referido coordenador começou a considerar que não tinha as condições
mínimas para a organização e realização do evento.
Com
efeito, a Sr.ª Chefe de Divisão da Cultura emitiu uma informação, para ser
proposta para aprovação em reunião do executivo, que consistia na realização e
previsão de despesas, em 13 de março de 2014,
Contudo,
só no dia 6 de maio de 2014 é que foi apresentada a apreciação da divisão
financeira, a qual se limita a fazer referência às despesas, mas não se encontra
qualquer estimativa de receitas a gerar.
Várias
foram as situações em que os membros desta coligação de esquerda afirmaram que
dariam sequência a todas as festividades que se têm vindo a realizar em Tomar,
entre elas o Festival das Estátuas Vivas, pelo êxito, que tem tido e que é hoje
reconhecido a nível nacional.
Porém, a
incapacidade desta governação levaram a que preferisse não realizar este
evento, desculpando-se com dificuldades financeiras, o que, perante os factos
não é verdade.
A
verdade é que esta coligação, em tão curto espaço de tempo, tem vindo a
demonstrar que não tem capacidade para gerir os destinos do concelho, não tem
capacidade organizativa o que é preocupante pois é o próprio concelho que
começa a perder a sua credibilidade.
O Festival
das “Estátuas Vivas” infelizmente acabou.
E acabou,
não porque a situação financeira não o permite, como a coligação de esquerda
quer fazer crer, mas porque a mesma não iniciou atempadamente os trabalhos para
a sua organização, não soube e não teve capacidade para gerir a situação,
faltando-lhe competência para consolidar um evento desta grandeza.
O
conjunto de medidas desta governação, em tão curto espaço de tempo, têm sido
assim atribuladas, sinuosas, algumas até de legalidade discutível e contestável.
Constamos
que impera a demagogia, a ilusão e a propaganda, em detrimento da adoção de uma
estratégia de desenvolvimento sustentado para o concelho de Tomar.
Apesar
dos vereadores do PSD estarem constantemente a alertar para essas situações,
apresentarem propostas e recomendações em tempo oportuno, conforme mapa que vos
foi entregue, a estratégia politico-partidária do PS/CDU não tem permitido que
se possa trabalhar em conjunto, na definição dessa mesma estratégia e plano que
se quer para Tomar.
Além do
mais o PS de Tomar continua a ser surpreendente nas suas afirmações, pois
esquece-se que teve dois anos com responsabilidades de gestão no executivo
anterior, vindo agora fazer acusações gratuitas e deploráveis, que apenas
servem para tentar mandar “areia para os olhos” dos tomarenses.
Além do
triste episódio do “epílogo” das “Estatuas Vivas”, temos o adiar constante do
assunto Flecheiro, o estacionamento que passará a ser pago em grande parte das
artérias de Tomar, a roda do Mouchão que continua sem funcionar, a alteração da
data do aniversário dos bombeiros e a falta de respeito com os cidadãos quando
só poucos dias antes se anuncia que o mercado não vai ser inaugurado no dia 25
de Abril….
E tantos
outros episódios que poderiam ser enunciados, mas que certamente todos vós têm
conhecimento e cujos factos foram por nós já denunciados…
Mas fica
o grande e profundo lamento pelo fim das “Estatuas Vivas” em Tomar.
Pedimos
à governação de esquerda que não se desculpem com o passado, pois mal ou bem, o
PSD foi julgado nas últimas eleições, por uns escassos 281 votos.
Uma nota
ainda, é lamentável e muito preocupante que após um semestre de condução da
Câmara Municipal a coligação de esquerda não tenha ainda apresentado a sua
visão, nem os correspondentes planos e programas, para alicerçar e relançar o
desenvolvimento do Concelho de Tomar para os próximos 6 anos, tanto mais que
está prestes a ter inicio a execução geral dos principais eixos estratégicos de
desenvolvimento para o território nacional, no quadro do Programa “Portugal
2020”, preferindo entrar em politicas demagógicas, falsas promessas e
propaganda mediática.
Mas numa
coisa podem ter a certeza: o PSD, enquanto única e responsável força da
oposição cá estará para apresentar as suas ideias, propostas e argumentos e
nunca abdicará de estar atento e apontar, sempre que for necessário, as
sonegações, falta de estratégia e falta de competência que infelizmente a
gestão PS/CDU nos está a começar a habituar.
Tomar,
15 de Maio de 2014.
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