Atualmente o desemprego
jovem afeta centenas de milhares de jovens em toda a Europa, o que terá impacto
no nosso país e naturalmente no nosso concelho. Assumindo este problema como um
verdadeiro flagelo social, a nossa atuação deverá centrar-se em dois pólos: i)
contrariar as suas causas; ii) minimizar os seus efeitos. São comummente
conhecidas as preocupações governamentais a este respeito, que se materializam
num extenso leque de medidas de incentivo e de alteração do rumo das coisas, no
entanto, não devemos rejeitar que esse processo conheça uma delimitação local,
que numa lógica indutiva nos levará certamente a bons resultados.
Neste artigo, procuraremos
refletir sobre este problema, em termos locais, fazendo uma critica construtiva,
apresentando soluções que permitam tornar esta cidade no centro económico de
outrora, atraindo empregos e criando condições para fixar os jovens no
indicativo 2300. Para que este objectivo seja cumprido não podemos ignorar a
irreverência e a criatividade dos jovens, que aliados à vontade de mudar e
melhorar a realidade existente, certamente nos permitirão tornar a nossa cidade
como um verdadeiro case study no que toca à promoção e incremento do emprego, em especial
do emprego jovem.
Os agentes políticos não
devem considerar-se agregadores de todas as virtudes, mas antes devem procurar
extrair o melhor de cada um de nós, já que com um pouco de cada um, se
concretizará um concelho melhor. Inerente a essa ideia encontra-se precisamente
o fenómeno do investimento jovem e da sua potencialização, evitando que as pesadas burocracias
existentes sejam vistas como elemento castrador das maiores virtudes da
juventude, mas antes fixando-se num nível ótimo, que permita extrair todas as vantagens.
Nós, os jovens, somos o
futuro do nosso concelho, do nosso país, da nossa Europa e, se alguns apregoam
um futuro perdido, envolvendo as suas inseguranças num rótulo de geração à rasca, outros
apenas pretendem demonstrar que a geração mais qualificada e melhor preparada
não é efetivamente uma geração perdida. Assim, Tomar deve ser capaz de atrair
os jovens que aqui se formam, quer em termos pessoais, quer em termos
profissionais, não se vaticinando enquanto mera estância de fim de semana. Os jovens de hoje sabem que não vão ter um emprego para a
vida e não ambicionam receber apoios sociais ad
eternum. A nossa geração apenas quer
as oportunidades merecidas, permitindo-lhe demonstrar as suas capacidades,
exercendo as suas competências e melhorando a sua vida e a vivência em
comunidade.
Na nossa visão, há que
responsabilizar os agentes políticos locais que nos governam e têm governado.
No entanto, do passado apenas devemos retirar aprendizagens, guardando o que de
bom foi feito e aprendendo com as decisões menos corretas. Reconhecendo as
dificuldades financeiras do Município, a JSD Tomar considera que ainda assim
existe uma margem de ação, que não exige elevados investimentos. Numa primeira
fase terá sempre que ser uma mudança de atitude, uma mudança moral, pois só desse
modo os posteriores incentivos se traduzirão nos resultados ambicionados,
rejeitando liminarmente toda a lógica da subsidiodependência.
Numa segunda fase: i) o
incremento e incentivos à contratação jovem; ii)
simplificação do empreendorismo e do investimento jovem; iii) atuação
concertada com as entidades bancárias de modo a facilitar o acesso ao crédito; iv) criação
de um extenso leque de benefícios fiscais; v)
contratação pública autárquica cumprindo com vetores
secundários como são o emprego e a promoção da juventude; vi) articulação
mais estreita com o IPT, aumentando a taxa de empregabilidade desse
estabelecimento universitário, o que a curto prazo se repercutirá num aumento
da procura deste estabelecimento de ensino. Todas essas medidas deverão ser
complementadas com medidas de fixação populacional, como por exemplo: i) Promoção
de um programa de habitação jovem, que permita que os jovens se possam fixar na
nossa cidade a custos bastante mais reduzidos, atraindo desse modo pessoas e capitais;
ii) Intenso
programa de incentivos à natalidade, regenerando a pirâmide etária tomarense.
Existe portanto a
necessidade de um programa de empregabilidade e especialmente de empregabilidade
jovem, com uma dimensão proporcional à gravidade que caracteriza esta
problemática, quer no âmbito do emprego, quer quanto à abertura dos mercados ao
investimento jovem. Os jovens fazem falta às cidades e concelhos, e nisso Tomar
não é exceção, pelo que os agentes políticos devem permitir e potenciar esse
objetivo, quer investindo e patrocinando essas medidas, quer não impossibilitando
a fixação de estruturas empresariais na nossa cidade.
Como é sabido a
Administração Pública quer-se eficiente e desburocratizada, pautando a sua atuação
por esses ditames, sendo que mediante essa forma de atuação, exigimos um executivo
camarário bastante mais preocupado com os jovens, não se limitando à atribuição
de meros apoios sociais, mas antes permitindo que estes agarrem as suas
oportunidades e cumpram os seus objetivos e os seus sonhos.
A JSD preocupa-se com os
jovens e a JSD TOMAR assume como uma marca da sua atuação o patrocínio de
medidas e programas deste cariz, pois só assim se garante um futuro melhor e
mais sustentável para o nosso concelho e para o nosso país. Este será um dos
marcos da atuação da JSD, assumindo uma postura positiva e construtiva, já que
só dessa forma garantiremos o sucesso da nossa atuação.
JSD Tomar
António
Bonet Vieira
Afonso Valente de Brito
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