O Centro Histórico de Tomar vive um sentimento de
desconforto e perseguição. A coligação PS-CDU tomou a iniciativa de encerrar o
estacionamento do Pelourinho sem consultar e elucidar os residentes e
comerciantes do centro histórico.
A bandeira de se querer um centro histórico vivo e
dinâmico não existe para a coligação de esquerda PS/CDU.
O conjunto de restrições e impedimentos para quem
vive e trabalha no centro histórico fará com que o mesmo seja menos aliciante,
inviabilizando-se o desejado incremento da habitação jovem, levando a que fique
ainda mais devoluto e envelhecido.
Com uma conjuntura difícil e de regressão como a
dos dias de hoje, e com a facilidade de estacionamento na parte nova da cidade
e nas grandes superfícies, os clientes/consumidores serão muito mais difíceis
de motivar a fazer as suas compras no centro histórico.
Será importante verificar quantas lojas na Serpa
Pinto têm mais de dez anos de porta aberta. E na Silva Magalhães? E na
Infantaria 15? Será importante, antes de atuar e concretizar, consultar e
dialogar com os residentes e comerciantes, verificar com detalhe quais são as
necessidades destes, bem como as suas ansiedades, tirando partido da sua
experiência e sabedoria.
O largo do Pelourinho, com um Pelourinho Barroco do
séc. XVII, encontrava-se há décadas sem preservação e com um uso abusivo de
estacionamento desordenado. A coligação PS/CDU acabou com os cerca de quarenta
lugares de estacionamento do largo do Pelourinho, mas não deixou alternativas
para quem vive, trabalha e dá vida àquela parte da cidade. Pretende encher os
parques pagos da cidade, incitando ainda a PSP, que é hoje, aos olhos de toda a
gente, meramente uma polícia de trânsito a fazer caça à multa de
estacionamento. Foi assim uma atitude precipitada e infeliz da coligação,
forçando os residentes e comerciantes a utilizarem parques pagos.
Relativamente ao encerramento e horário de cargas e
descargas da Rua Serpa Pinto, dever-se-ia ter tido em consideração os horários
de abertura e de fecho dos estabelecimentos. A coligação deveria ter
conhecimento que grande parte do comércio abre as portas às 10, e é
precisamente a essa hora que termina o
primeiro tempo de cargas e descargas. Deveria ainda haver um regime de exceção
para pessoas com mobilidade reduzida. Será que esqueceram que nesta rua também
existe uma farmácia?
Neste contexto recomendam os vereadores do PSD:
- que o monumento do Pelourinho fique salvaguardado
por uma área a definir por pináculos e que se crie uma bolsa ordenada de
estacionamento para os comerciantes e residentes do centro histórico;
- no estacionamento tarifado em espinha entre o
café Rialto e a Pensão Luanda deverá ser criada uma bolsa de estacionamento
para dois autocarros de turismo (exclusivamente para embarque e desembarque),
com um comprimento não inferior a trinta metros, sendo a sua entrada efetuada pela Av. Marquês de Pombal, de
modo a que os visitantes possam assim conhecer
a nossa cidade Templária.
- para parquear os autocarros de turismo sugerimos
que seja disponibilizado imediatamente o espaço da antiga Messe dos Oficiais,
na Av. General Tamagnini de Abreu;
- que o condicionamento das cargas e descargas na
Rua Serpa Pinto seja alvo de reflexão partilhada com os comerciantes e
residentes, de modo a que obtenha uma solução satisfatória;
- seja recolocado o lugar de estacionamento de
cargas e descargas junto dos CTT, mas em lugar com dimensão não inferior a 6
metros, comprimento de alguns veículos de transporte de mercadorias;
Apelamos à coligação PS/CDU, para que seja
coerente, sensível e justa, que não apresente ideias absurdas e fora de
contexto da realidade, para que o Concelho de Tomar e as populações que nele
habitam tenham o respeito e a qualidade de vida que merecem.
Tomar, 29 de setembro de 2014
OS VEREADORES DO PSD
(Maria Luísa Oliveira)
(António Manuel Jorge)
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